1 de janeiro de 2014

OBESIDADE

TODOS deveriam encarar esta notícia como sendo uma notícia de última hora! Não só para ti, mas para os teus filhos, familiares, amigos... 
Analisando friamente, verificamos que os únicos "culpados" deste panorama somos nós! Um professor meu da Faculdade repetia vezes sem conta: "Porque é que nós pais, quando na noite antes do nosso filho ir para a escola, vamos fazer o lanche dele e colocamos uma sandes de paio ou presunto ou mesmo tulicreme, leite achocolatado ou refrigerante? E como ainda há espaço na lancheira ainda se coloca umas bolachas Filipinos e uns donuts caso o menino tenha fome. Porquê todas as estas "bombas" calóricas!? Não podem simplesmente colocar uma sandes de queijo fresco e fiambre e um sumo natural ou água? Há espaço na lancheira? Boa! Mete lá umas barritas de cereais ou uma peça de fruta!" 
Volto a perguntar, porquê alimentos gordurosos e industrializados?
Não vos convenci? Tudo bem, ignoraram e os vossos filhos cresceram... Que imagem vos passa pela cabeça? Sim, que vos passa, sabendo que de certa forma tem influenciado a sua e a vida do seu filho, seja em arranjar emprego, namorada, construir família ou realizar todas as tarefas domésticas com eficiência?
Quero com isto dizer-vos que o último milagre foi feito à mais de 2000 anos atrás... Neste momento, os milagres que acontecem são fruto do empenho que as pessoas têm!
Existem soluções para esta doença, e certamente que ficar em casa a lamentar-se não será a melhor opção. Dirija-se ao seu médico, ele irá ajudá-lo(a) a ser uma pessoa mais ativa e saudável! Até já!





"A obesidade atinge 1 milhão de adultos em Portugal e 3,5 milhões são pré-obesos. São os principais resultados de um relatório que apresenta números preocupantes nos mais novos: cerca de 15% das crianças entre os 6 e os 9 anos são obesas e mais de 35% sofre de excesso de peso. As questões socioeconómicas parecem ter uma influência decisiva.
Na apresentação do relatório “Portugal: Alimentação Saudável em Números 2013”, esta quinta-feira, Pedro Graça, director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), revelou dados que apontam para uma relação entre o nível económico e a obesidade: “quando o rendimento familiar diminui, aumenta a prevalência da obesidade”. A idade e o grau de instrução são também importantes: “as pessoas de mais idade e com menos escolaridade sofrem mais com a obesidade”, afirmou. As limitações no acesso aos alimentos são preponderantes para a existência da obesidade: os produtos que fornecem muita energia a baixo custo são mais acessíveis e beneficiam de campanhas publicitárias muito fortes, o que acaba por fazer com que cheguem mais facilmente às pessoas mais carenciadas e com menor grau de instrução, logo, com menor capacidade para evitar o seu consumo.
A média de consumo diário de vegetais na sopa aos 6 meses de idade atinge os 96% e no que toca a fruta, os números indicam que mais de 92% das crianças nesta idade consomem-na diariamente. No entanto, as boas práticas alimentares nos mais novos aparecem ao lado de dados menos positivos: numa base diária, mais de 10% das crianças com 18 meses têm acesso a sobremesas doces e 18% a refrigerantes sem gás.
Existe quase um equilíbrio no que toca à distribuição do excesso de peso entre crianças do sexo masculino e feminino, embora com prevalência para os rapazes: 34% entre os 6 e os 9 anos apresentam excesso de peso, 18% estão num estado de pré-obesidade e mais de 15% são obesos. Os números relativos a raparigas ficam uns pontos percentuais abaixo: 30% têm excesso de peso, mais de 16% são pré-obesas e cerca de 13% atingiram a obesidade.
A redução de boas práticas alimentares nos jovens parece caminhar a par com o aumento da sua autonomia. A percentagem diária da toma do pequeno-almoço durante a semana é de 89% nas crianças que frequentam o 6º ano de escolaridade, mas desce para os 71% nos jovens do ensino secundário. O consumo de refrigerantes também aponta para esta tendência – à medida que se sobe de escolaridade, sobe a percentagem de consumo semanal deste tipo de bebidas.
A modificação nos hábitos de consumo, com o aumento da ingestão de gorduras e proteínas de origem animal, associada ao sedentarismo, favorecem a incidência de obesidade. Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, referiu que o consumo de sal e a densidade energética dos alimentos constituem um problema que origina outros: “a obesidade por si só é doença e factor de risco para outras doenças, como problemas cardiovasculares, diabetes e hipertensão arterial”.
A solução para o problema da obesidade resolve-se com apoio profissional integrado. Para Alexandra Bento, “a doença tem que ser seguida no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Neste momento, existem cerca de 100 profissionais ligados à nutrição nos cuidados de saúde primários do SNS. No seu entender, o aumento para 200 traria resultados importantes na luta contra a obesidade e outras doenças associadas. Em resposta, Fernando Leal da Costa, secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, afirmou que o ministério pretende criar condições para aumentar o número de profissionais: “não ignoramos que ainda temos algumas falhas que têm que ser colmatadas”.
Tendo como matriz o programa de alimentação norueguês de 1974, o PNPAS, com início em 2012, tem como objectivo prevenir a obesidade antes de ela aparecer. Aposta numa abordagem intersectorial entre entidades ligadas à saúde, agricultura e educação para um maior alcance na mudança de hábitos dos cidadãos." 

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